miguxa das mulheres


Tinha fotos de mulheres jovens e bonitas mortas em situações como acidente de carro e suicídio.

Nina tem 15 anos de experiência em funerárias. “Escutei, na empresa onde eu trabalhava antes, homens falando sobre uma menina de 24 anos que tinha morrido por suicídio. Toda depilada, nossa que peitão, baita de uma gostosa. Fiquei tão irritada que botei todo mundo para fora. Fiquei sozinha preparando o corpo dela”, diz Nina.

Ela também é professora e oferece cursos para novos profissionais. “Eu nunca vi tanta procura por cursos de tanatopraxista como nos últimos anos. Coincide com a popularização desse conteúdo pornográfico violento. Você vê muitas pessoas ali nitidamente mal intencionadas, querendo realizar um desejo íntimo e pessoal”, relata.

Ainda de acordo com Nina, é espantosa a naturalidade com que parte dos profissionais dessa área tratam o tema necrofilia. “Infelizmente é muito difícil reeducar quem está nesse ramo há muito tempo com esse pensamento. Eu encaro como um papel social, também por isso fiz as denúncias”, diz.

Até mortas mulheres precisam de segurança.

Outro crime que chocou o país, em 10 novembro de 2019, ocorreu em Gravataí (RS). Policiais encontraram uma sepultura aberta no Cemitério Municipal de Gravataí, no bairro Rincão da Madalena, e, a metros dali, o cadáver de uma mulher, de 49 anos, com sinais de abuso. Ela foi retirada do túmulo e jogada em um matagal após o crime. A calcinha dela, além de pedaços do vestido, estava na trilha que levava ao local.

Segundo os relatos, o auxiliar foi flagrado na sala de necropsia, na madrugada do domingo 24 de novembro. Assim que adentraram ao local, encontraram o homem arrumando as calças enquanto descia subitamente de uma mesa de necropsia onde havia um cadáver do sexo feminino.

Acostumados a ouvir comentários alheios sobre a aparência de alguns cadáveres, o casal de tanatopraxistas e diretores funerários Nina Coelho e Gabriel Malta se chocou com dois casos recentes.

Ela se apresentou ao viúvo, que havia escutado comentários semelhantes no IML (Instituto Médico Legal). “Quando eu disse que eu iria cuidar do corpo dela, ele ficou aliviado”, diz.

Vinícius tem relato pior. “Já vi colegas que se depararam com esse tipo de corpo, jovem e bonito, e tiveram ereção. Mesmo com uma moça com a face desfigurada do acidente de carro, um deles foi ao banheiro se masturbar. Aquilo foi a gota d'água.”

Encontraram fotos de mulheres bonitas, mortas, e travestis, com piadas e comentários de mau gosto. “Olha essa bundinha, olha esse peitinho, poxa isso a gente não tem em casa.”

Em um deles, chamado “Festa no IML”, que Nina acompanha desde 2019, diversas postagens sugeriam e incentivava, a necrofilia. “Eles divulgam fotos e vídeos de parte íntimas de mulheres mortas feitas de dentro do IML e de funerárias. A mulher é abusada até na morte.”

Cada uma dessas publicações tem até 300 curtidas —o grupo tem alguns milhares de integrantes. “Quanto mais explícito e violento for, mais like tem”, lamenta.

Apesar do receio, os dois consideraram fundamental falar do assunto. “Eu não consigo me adaptar mais a nenhuma funerária, porque em todas ocorre isso. As pessoas querem maquiar, colocar debaixo da mesa e fingir que isso não existe. Vivemos com esse nó na garganta, mas chegou a hora de falar.

Há relatos que sugerem a prática desde o Egito Antigo. O historiador grego Heródoto (485 a.C – 425 a.C) descreve em “Histórias” que, para desencorajar sexo com cadáveres, os egípcios antigos deixavam as mulheres bonitas decomporem por dois a quatro dias, antes de entregá-las ao tanatopraxistas — prepapadores de cadáveres para velórios ou funerais.

Segundo o psiquiatra Ricardo Netto, esse tipo de atitude está no grupo das parafilias. “São vivências sexuais recorrentes e preferenciais voltados aos que a gente chama de objetos sexuais não convencionais, que são os não humanos, não adultos e não vivos.”

Ele aponta ainda uma correlação entre parafílicos e compulsivos sexuais. “Normalmente, são pessoas extremamente inábeis a relacionamentos com humanos, adultos, vivos. É mais fácil para eles se aproximarem da pornografia e de um corpo morto, que não corresponde nem julga. Nesses casos, o consentimento não existe.”

O homem ainda relatou um caso mais chocante, quando um colega teve uma ereção e foi ao banheiro se masturbar após ver uma jovem que havia chegado morta. Conforme ele, o corpo sem vida estava com a face desfigurada devido ao acidente de carro que havia sofrido, mas isso não foi impedimento para o colega ficar excitado

O resultado da pesquisa do casal foi chocante: eles se depararam com fotos de mulheres  mortas e travestis, seguidas de comentários grotescos e de mau gosto como “Olha essa bundinha, olha esse peitinho, poxa isso a gente não tem em casa”. 

O grupo ‘Festa no IML’, do qual Nina participou anonimamente desde 2019, parece ter sido uma das piores descobertas. Lá os participantes costumavam postar fotos das mulheres tiradas dentro do IML, sempre acompanhadas de comentários sexuais.


Alguns biólogos evolucionistas argumentam que se trata de um sentimento que vem de comportamentos pré-históricos que ajudavam na sobrevivência.

Já estudos recentes sobre a personalidade de animais avaliaram o grau de timidez e extroversão de indivíduos de várias espécies, observando que frequentemente a timidez e a ansiedade têm suas compensações.

Enquanto animais mais corajosos podem ter mais parceiros para acasalar e mais comida, os tímidos, relegados a segundo plano, conseguem evitar serem atacados - nos dois casos, trata-se de estratégias evolucionárias bem-sucedidas.

Como perder a timidez e ter mais confiança ao lidar com as mulheres, sejam desconhecidas ou não? 

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